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terça-feira, 1 de julho de 2008

BUICK 8 - De Stephen King



Buick 8
De Stephen King
Por Luiz Poleto





Stephen King é conhecido mundialmente como o mestre do terror, e não sem motivo. Sua capacidade de criar histórias interessantes a partir de situações corriqueiras é espantosa. Assim como é espantosa a forma com que ele cria a rotina de seus personagens sem tornar-se enfadonho.



Buick 8 foi o segundo livro de King que li, ainda assim, 9 anos após ter lido o primeiro (que foi Cemitério). Cheguei na livraria procurando o livro “Saco de Ossos”, que, felizmente, não tinha. Digo felizmente pois, decidido a levar um livro de King, pus-me a escolher outro título; dentre os que lá estavam (e as opções não eram muitas), Buick 8 foi o livro cuja sinopse mais me chamou a atenção (embora não tenha despertado aquela vontade de comprá-lo).



A idéia do livro é aparentemente simples: Em 1979, Curtis Wilcox e Ennis Rafferty atendem a um chamado em um posto de gasolina; um cliente parou para abastecer, dirigiu-se ao banheiro e nunca mais foi visto. Os dois então levam o carro para a delegacia, aonde fica guardado no sombrio galpão B. Mas, aquilo não era um simples carro. Capaz de recuperar-se sozinho de avarias, um motor potente que não funciona, e algo que faz com que o cão mascote da delegacia divida-se entre fascínio e medo, aquele sinistro Buick desperta a curiosidade dos policiais do departamento, que durante anos tentam desvendar seus segredos. Curtis é o mais empenhado em estudar o carro, e, quando algum tempo depois um dos policiais some misteriosamente, eles percebem que aquele carro pode ser um enigma muito mais perigoso do que imaginavam.



Em 2001, pouco depois de Curtis morrer em um fatal acidente durante o trabalho, seu filho Ned, de 18 anos, passa a freqüentar o departamento, disposto a cortar a grama, limpar janelas, ou qualquer outra coisa que possa mantê-lo por ali. Sandy Dearborn, que fora o melhor amigo de Curtis, percebe que esta é a forma que o garoto encontrou para sentir-se próximo do pai, e acaba por admiti-lo na família. Até que um dia, Ned descobre, escondido no galpão B, o velho Buick. Vinte anos depois, o mesmo mistério que tomou conta de seu pai agora também toma conta dele, que também quer respostas. O segredo mais bem guardado da polícia da Pensilvânia começa a despertar não somente nos corações e mentes dos policiais veteranos, mas também dentro do galpão B.



Apesar de partir de uma premissa simples, King consegue contar a história de maneira espetacular, envolvente, e usando aquele tom narrativo que lhe é tão peculiar. Um detalhe bem interessante aqui é a alternância que ocorre entre a pessoa narradora: hora em primeira pessoa, hora em terceira pessoa, ainda assim incapaz de confundir o leitor. Foi a primeira vez que vi o uso de tal recurso, e achei simplesmente genial.



No decorrer da leitura pude perceber, de maneira bem sutil, uma pequena homenagem a H. P. Lovecraft. O final do livro foge um pouco do padrão de King (ao menos, do que dizem), e conseguiu dar o desfecho perfeito para a história.



Buick 8, no fundo, é um romance sobre o fascínio que todos temos pelo sobrenatural, e, indo além, da nossa eterna busca por respostas. Um romance que não assusta, mas que não deixa de causar fascínio.





Ficha Técnica:



Stephen King, 2002
Título Original: From a Buick 8
Editora Objetiva
Luiz poleto, 13 de Junho de 2008

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