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sábado, 14 de junho de 2008

TRINTA DIAS DE NOITE


TRINTA DIAS DE NOITE


Vou inaugurar este blog com um filme de vampiro.


Acabo de assistir TRINTA DIAS DE NOITE. Passei o ano de 2007 esperando por este filme. Segundo as expectativas da crítica mundial e do público a película seria um novo marco no cinema fantástico; trazendo de volta o aspecto terrífico dos vampiros, perdido sobretudo durante os anos 90.
Esperei e estou decepcionado! E imaginando o quanto os norte-americanos perderam o fio da meada para os bons filmes de terror. Fica mesmo dificil de vincular o cinema que vem sendo feito hoje em dia com aquele que trouxe ao mundo pérolas como O EXORCISTA e O BEBÊ DE ROSEMARY( só para citar exemplos).

Tude bem! TRINTA DIAS... não é um filme de todo ruim. É bem produzido e possui cenas bastante gráficas e um clima que agradarão aos fãs do gênero mas, por outro lado, é um trabalho extremamente irregular. Possui saltos abissais na trama e se torna bastante confuso logo de início. A atmosfera está totalmente baseada no ambiente e nas condições climáticas em que se desenvolve a estória (neve, frio extremo, isolamento); para além disso, o diretor não teve recursos, ou experiência, para elaborar um filme mais empático, que tivesse, por exemplo, a capacidade de causar apreensão no expectador. Não se sente nada pelos personagens e, muito pior, não se consegue sentir medo dos vampiros. O lider da tribo, ou clã vampiro, não tem firmeza, sua malignidade limita-se a caras e bocas entreabertas, como um rebelde sem causa que tem raiva de tudo. Para fim da agonia deste lider com cara de pateta, seu fim é incrivelmente frustrante para uma criatura que já devia estar viva (ou morta-viva) há anos, séculos, milênios. Mais insípido que o fim do lider, somente o fim de seus seguidores, que desaparecem de repente do filme sem dar satisfações. Simplesmente se retiram, somem. Este recurso já funcionou muito bem em alguns clássicos dos anos 70 e 80 mas, aqui, nesta produção, algo destoou nesta atitude. Novamente a fraqueza do diretor vem à tona.

Este era para ser o marco inicial numa nova era dos vampiros sérios no cinema. Deveria representar, neste início de século, os grandes clásssicos como DRÁCULA (1979), FOME DE VIVER, QUANDO CHEGA A ESCURIDÃO, A HORA DO ESPANTO. Mas consegue ser apenas um exercício, um ensaio do que deveria ser. Ainda não vai ser desta vez que o velho conde Drácula vai poder parar de se remexer no túmulo (se ele ainda estiver em um...). Quem sabe este papel de revitalização não esteja mesmo nas mãos de alguma produção européia...



Ficha Técnica


Título Original: 30 Days of Night Gênero: Terror
Tempo de Duração: 113 minutos Ano de Lançamento (Nova Zelândia / EUA): 2007
Site Oficial: http://www.30diasdenoite.com.br/
Estúdio: Columbia Pictures / Ghost House Pictures / Dark Horse Entertainment
Distribuição: Columbia Picture / Sony Pictures Entertainment
Direção: David Slade
Roteiro: Steve Niles, Stuart Beattie e Brian Nelson, baseado em quadrinhos de Steve Niles e Ben Templesmith
Produção: Sam Raimi e Robert G. Tapert
Música: Brian Reitzell
Fotografia: Jo Willems
Desenho de Produção: Paul D. Austerberry
Direção de Arte: Nigel Churcher e Mark Robins
Figurino: Jane Holland
Edição: Art Jones
Efeitos Especiais: Weta Digital / Film Effects Co. Ltd. / PRPVFX Limited



Elenco:


Josh Hartnett (Xerife Eben Oleson)


Melissa George (Stella Oleson)


Danny Huston (Marlow)


Ben Foster (Estranho)



Sinopse


Barrow, Alasca. Durante os 30 dias do inverno local a cidade fica na mais completa escuridão. Neste período boa parte dos moradores viaja rumo ao sul, mas neste ano a cidade recebeu a visita de seres estranhos: um grupo de vampiros, que pretendem se aproveitar da noite constante para atacar os moradores locais. Para combatê-los um pequeno grupo é reunido, liderado pelo xerife Eben Oleson (Josh Hartnett) e por sua ex-esposa Stella (Melissa George).

3 comentários:

Elma do Nascimento disse...

Rrrrrsssssss! Henry, você mandou brasa, mesmo neste blogue! Arrepiante!

Anônimo disse...

não existe "estória"... é história......

Henry Evaristo disse...

Senhor Anônimo, o termo "estória" existe sim. Foi proposto já faz muito tempo por um cara muito inteligente chamado João ribeiro, membro da ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS para definir narrativas de ficção, narrativas orais oriundas do folclore e etc. O que ele queria era simplesmente separar: História para relatos de assuntos reais e Estória para narrativas literárias fantasiosas, inventadas pelo autor. Entendes?

Claro que as academias e os puristas da "norma culta" não aceitam este termo oficialmente. Mas eu aceito, concordo com João Ribeiro e uso.