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domingo, 14 de junho de 2009

CABANA DO INFERNO





CABANA DO INFERNO
(Cabin Fever)


O jovem cineasta Eli Roth é um dos nomes mais promissores de Hollywood, principalmente no
gênero terror e suspense. Esse seu
longa de estréia custou apenas US$ 1,5 milhão e arrecadou mais de US$ 8 milhões, só nos Estados Unidos. E, atualmente, o diretor já tem mais três projetos em pré-produção para os próximos anos. Esse filme, aliás, foi considerado um dos mais assustador
es do ano passado e conta a história de um grupo de jovens que passa uma temporada numa cabana na mata quando surge uma nova espécie de vírus que come carne humana ?e, o que é pior, de dentro para fora. O primeiro indício da nova doença é um
cachorro morto encontrado por seu
dono. O terror toma conta dos cinco jovens que pretendiam passar uma alegre temporada, isolados da cidade. A boa fotografia de Scott Kevan também é um ponto alto da produção.

"Cabin Fever" é um dos raros filmes
de terror do cinema atual que convence. Pena que foi prejudicado por mais uma dessas campanhas injustificáveis da mídia que realmente está se mostrando cada vez mais alienada e burra. Muitos tem apregoado que o filme é uma "overdose de sexo e violência", o que no mínimo é injustificável.

Realmente, existem altas doses de violência d
a fita de Eli Roth, mas a tal "overdose de sexo" não passa de algo que o
espectador já viu, com a mesma ousadia (!) em fitas da série "Sexta Feira 13".
Agora, se forem comparar com os filmes de ter
ror teen nos quais os Estados Unidos estão se especializando, realmente existe um elemento de choque. Ent
retanto, quem já assistiu a "O Massacre da Serra Elétrica" (73), "Quadrilha de
Sádicos" (77), "Herdeiros do Mal" (80) e "Chamas da Morte" (81), dentre outros, pode ficar tranquilo, "Cabin Fever"
ainda não é o filme que irá fazê-lo ficar traumatizado.
A mesma violência que você viu nesses filmes, vai ver aqui. Nem mais, nem menos.

Nota-se desde os minutos iniciais, que o filme é praticamente homenagem ao terror adolescente (na verdade, trazendo adolescentes, pois geralmente eram fitas censura 18 anos) dos bons tempos, e por isso, tem muitos méritos. Alias, se não existissem algumas caras semi-conhecidas de filmes teen, o filme passaria perfeitamente como algo produzido no final dos anos 70 e início dos anos 80, e isso sempre é bom. Até a trilha sonora faz questão de lembrar o "Massacre da Serra Elétrica", principalmente na abertura. Além de tudo, há outras citações como as de "Amargo Pesadelo" e até uma música tirada da trilha sonora de "Aniversário Macabro", primeiro filme de Wes Craven, de 1972.

A história envolve cinco jovens universitários que, após a fase final de provas, vão passar um fim de semana em uma cabana localizada na floresta (o ambiente lembra muito o de "Evil Dead"). São 2 casais e 1 que é o mais mané de todos, tendo um passatempo preferido de matar esquilos com sua espingarda. Bem feito, é o único que não se dá bem em "Cabin Fever".

Pensando bem, ninguém se dá bem, pois eles acabam encontrando um sujeito estranho com a pele em decomposição. Após um entrevero, assustados, os jovens ateiam fogo no pobre coitado, que desaparece pelo meio da floresta. Em meio a uma atmosfera opressiva, eles notam que aos poucos vão sendo contaminados por um vírus, que se alimenta da pele deles. A partir daí, o filme realmente traz uma violência que chega a incomodar e bastante tensão, em cenas muito bem feitas. Tudo dirigido de maneira redondinha.

Não se pode exigir de "Cabin Fever" um trabalho que vá mudar a história do cinema de terror, e sim fazer companhia à todos os filmes já citados nessa resenha, e que, na comparação com o que vem sendo lançado no gênero atualmente, é praticamente um oásis no meio do deserto.

Carlos Afonso

Um comentário:

Unknown disse...

Eu não vi o filme, mas gostaria de dizer uma coisa. Pode não existir um vírus (ainda) dessa natureza, mas existe uma bactéria que faz tudo que está descrito no filme. De acordo com um documentário que eu vi, ela se transmite pelo ar, devora de dentro para fora, e a única possível "cura", é a amputação. Ainda bem que essa bactéria é raríssima (ainda de acordo com o documentário), porém às vezes faz suas aparições nos hospitais. E não há defesa contra ela. Sério!