UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES
An American Werewolf in London
Dois jovens viajando em férias pelo interior da Inglaterra são atacados por um enorme lobo. Um deles morre e o outro é brutalmente ferido. O que ele não sabe é que foi acometido por uma terrível maldição que o transformará em lobisomem nas noites de lua cheia espalhando o horror pelas ruas escuras de Londres.
Primeiro filme de horror do diretor John Landis, que já havia alcançado o sucesso com filmes de comédia (O Clube dos Cafajestes e Os Irmãos Cara-de-Pau). Era esperado uma sátira, mas o que se viu foi tão assustador e original que mudou totalmente a linguagem do lobisomem no cinema. Até então o público estava acostumado com criaturas que mais se aproximavam do homem do que do lobo. Em outras palavras, o lobisomem era apenas um homem extremamente peludo. Alguns filmes até que deixaram a sua marca: A Maldição do Lobisomem ( The Curse of the Werewolf, 1961), por exemplo, apresentava um jovem (Oliver Reed) amaldiçoado pela Lua Cheia e pobremente caracterizado. Então, como um assassino, ele ia deixando um rastro de sangue, e só.
Um Lobisomem Americano em Londres trouxe para as telas efeitos especiais incríveis para a época. Rick Baker foi descrito por Landis como um gênio. Não é exagero. Baker, criador de efeitos de maquiagem desde os dez anos, foi o responsável por várias criaturas do cinema e até contribuiu para o clipe Thriller, de Michael Jackson.
Para o filme Um Lobisomem Americano em Londres, Baker apenas exigiu que o nome dos atores principais fossem apresentados com urgência. Assim que David Naughton e Griffin Dunne assinaram o contrato, o maquiador fez um molde dos rostos dos atores e iniciou o trabalho em seu estúdio. Meses depois, com o início das filmagens, ele já sabia o que iria fazer. O protagonista, David Naughton, disse que o trabalho foi duro, pois tinha que passar horas se maquiando e ainda assim aguentar o calor e os vários dias de filmagem. Landis também era um diretor exigente: queria não só ver unhas e dentes crescendo, mas queria também ver os ossos, principalmente o crânio, sendo transformados diante dos olhos do público.
Inacreditavelmente Baker conseguiu satisfazer o diretor. A seqüência de transformação dura menos de dois minutos na tela, mas levou uma semana para ser feita. Para David Naughton, essa semana deve ter sido dura. O que se viu na tela comprova isso: unhas rasgando a pele, pêlos crescendo, a espinha dorsal se modificando dolorosamente, sua palma se esticando, seu crânio se alterando, juntamente com seus dentes, etc. Enfim, um show digno do Oscar recebido.
O filme foi exibido pela primeira vez no dia 21 de agosto de 1981, nos EUA.- O valor gasto para fazer o filme foi 10 milhões. O filme ganhou 30 milhões em bilheteria. Landis escreveu a história desse filme em 1969, quando tinha apenas 11 anos de idade. O maquiador Baker foi convidado para trabalhar em outro filme sobre lobisomem: O Grito de Horror. John Landis queria que a música Blue Moon fosse tocada por Bob Dylan, mas a religião do músico não permitiu. Nos créditos finais, há a seguinte mensagem: Todos os personagens e eventos do filme são fictícios. Qualquer semelhança com algum acontecimento atual ou pessoa, viva, morta, ou morta-viva é mera coincidência. O diretor John Landis fez uma ponta no filme (não creditada) em que ele é esmagado numa janela.
Veja a incrível transformação em lobisomem (necessário ter o Real Player)
FICHA TÉCNIA
ANO: 1981
PAÍS: Inglaterra
DURAÇÃO: 1 hora e 37 minutos
DISTRIBUIDORA: Universal Studios
DIREÇÃO: John Landis
ROTEIRO: John Landis
PRODUÇÃO: George Folsey Jr.;Peter Guber (produção executiva); Jon Peters (produção executiva)
MÚSICA: Elmer Bernstein
ELENCO: David Naughton (David Kessler), Jenny Agutter (Alex Price), Griffin Dunne (Jack Goodman); John Woodvine (Dr. Hirsch); Don McKillop (Inspetor Villiers); Frank Oz (Sr. Collins); Michele Brisigotti (Rachel Kessler); Mark Fisher (Max Kessler), Gordon Sterne (Sr. Kessler ); Paula Jacobs (Sra.Kessler);Colin Fernandes (Benjamin); Paul Kember (Sargento McManus)
Fonte: www.bocadoinferno.com
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